O RODO COTIDIANO (MY BROTHER)
A ideia lá corria solta
Subia a manga amarrotada social
No calor alumínio nem caneta nem papel
E uma ideia fugia
Era o rodo cotidiano
Era o rodo cotidiano
Espaço é curto quase um curral
Na mochila amassada uma quentinha abafada
Meu troco é pouco, é quase nada
Meu troco é pouco, é quase nada
Ooooo my brother (4x)
Não se anda por onde gosta
Mas por aqui não tem jeito
Todo mundo se encosta
Ela some ela no ralo de gente
Ela é linda mas não tem nome
É comum e é normal
Sou mais um no Brasil da central
Da minhoca de metal que corta as ruas
Da minhoca de metal
Como um Concorde apressado
Cheio de força, voa, voa mais pesado que o ar
E o avião, o avião, o avião do trabalhador.
O BICHO (MANUEL BANDEIRA)
FERRO (CUTI, Batuque de tocaia, 1982)
Primeiro o ferro marca
a violência nas costas
Depois o ferro alisa
a vergonha nos cabelos
Na verdade o que se precisa
é jogar o ferro fora
é quebrar todos os elos
dessa corrente
de desesperos
Nenhum comentário:
Postar um comentário